Destroyer é um trabalho referencial quando o assunto é KISS. O trabalho foi responsável por reafirmar o grupo como uma força do Rock, após o estouro de Alive, um ano antes. Mas nem todos aprovaram, como mostra a resenha feita por John Milward para a revista Rolling Stone em sua edição 206, lançada em março de 1976. Confira o texto:
Não há dúvida que Destroyer é o melhor álbum do KISS até aqui ou que a produção de Bob Ezrin, mago de Alice Cooper e das produções Heavy Metal, que ajudou a escrever sete das nove faixas, faz a diferença. Mas a despeito da soberba produção, o KISS ainda se ressente da criatividade maluca que poderia fazer sua música ficar interessante ou, ao menos, audível.
A música carro-chefe, “Detroit Rock City”, começa com 90 segundos de efeitos no estilo Cooper: sons de uma mesa de café da manhã e um apresentador de noticiário lendo a história de um garoto que morreu em um acidente. Na seqüência, um flashback do jovem amaldiçoado entrando em seu carro naquela noite, com a mente focada na música e, no final, o barulhento acidente. Infelizmente, o KISS não possui o elemento satírico que transformou o uso desses conceitos por Cooper genuinamente divertidos. Para piorar, esses efeitos é que Destroyer tem de melhor para oferecer.
As músicas, exceto duas baladas chorosas, são rocks com riffs e bateria sem imaginação. Embora construídas com produção autoconfiante, usando vasta gama de convenções Heavy Metal, não há nada novo aqui. Mesmo quando uma melodia efetiva, como a da demagoga “Shout it Out Loud” é apresentada, a performance opaca ameniza o efeito. Os vocais são indistinguíveis e emocionalmente vazios. As letras, sobre festa e Rock, com várias alusões S&M, são banais. Pior ainda, não há um solo de guitarra memorável no álbum.
Fonte: Blog Van do Halen
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