segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Billboard: revista estaria perto da falência?


Por Paul Resnikoff, traduzido por Nacho Belgrande.
Os sinais têm sido dados desde o final do ano passado, apesar de fontes agora dizerem que mais atenção deve ser prestada nisso agora. Tudo porque a (revista estadunidense de entretenimento musical) Billboard poderia estar à beira de algo potencialmente sério – e não de maneira positiva.
Se tal publicação está ‘prestes a ter um colapso econômico’, como um executivo descreve, é difícil de descobrir. Mas informações do lado de dentro sugerem um clima de incerteza, com uma considerável ansiedade quando à direção futura. Isso inclui possíveis congelamentos em contratações e gastos, de acordo com outra fonte. É o mesmo imbroglio econômico de outrora, apesar de que, dessa vez, elementos piorados na publicidade, assinaturas, indústria e macro-economia poderiam estar levando tudo pro ralo.
Do lado de fora, um sem-número de problemas continua vindo à tona. Uma luz vermelha de fato acendeu na manhã da quinta-feira passada, quando a Billboard fez algo estranho. Apenas quatro meses depois de lançar o Billboard Pro, um serviço elaborado para os artistas independentes e sem contrato com gravadoras, foi subitamente suspenso. Mas a Billboard indicou que isso não é o fim: aparentemente, a publicação só está usando a pausa para ‘melhorar e relançar o site mais pro fim do ano, ’e as associações existentes não estão sendo automaticamente canceladas ou devolvidas.
Outros problemas não são difíceis de detectar. Isso inclui a abrupta remoção de Richard ‘Mad Dog’ Beckman das operações cotidianas do Prometheus Media Group, o grupo proprietário da Billboard e de várias outras revistas de negócios como a Hollywood Reporter e a AdWeek. O executivo da Prometheus Jimmy Finkelstein irá assumir as funções mais diretas, enquanto Beckman foca-se em criar uma divisão mais concentrada em marcas – pelo menos de acordo com a versão oficial fornecida pelo Prometheus.
O grupo Prometheus assumiu a propriedade da Billboard faz poucos meses. No fim do ano passado, a Billboard – junto com várias outras empresas – foi vendida pela Nielsen Company para o Prometheus por US$ 70 milhões, com o então pica-grossa Beckman tendo um papel fundamental em tudo. Beckman, um ex-superastro na (holding de editoras de periódicos) Conde Nast, chafurdou-se em uma abordagem ‘negócios e influência’ que almeja expandir o foco para além do público que só quer saber de assuntos de negócios (nesse caso, gravadoras, selos, promotores de shows, etc).
Isso significa mais publicações e marcas voltadas para consumidores, ao invés dos anúncios voltados tipicamente para a indústria. Isso também envolveu o relançamento do Billboard Music Awards, e até mesmo uma aliança com o MySpace, entre outras diversificações.

Fonte: Lokaos Rock Show 

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